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DOENÇA HEMORROIDÁRIA

Foto do escritor: Marja Luciane VisioliMarja Luciane Visioli

As hemorróidas são coxins de tecidos vasculares altamente especializados encontrados na submucosa do canal anal.


A designação “doença hemorroidária” deve ser reservada para aqueles coxins vasculares anormais que causam sintomas.

O plexo hemorroidário externo é separado do interno pela linha denteada, apresentando sensibilidade abaixo deste marco. O componente interno contribui para a continência e proteção do tecido esfincteriano






Há três principais coxins vasculares, localizados na posição lateral esquerda, anterior direita e posterior direita do ânus.






Os fatores que contribuem para as alterações patológicas dos coxins vasculares incluem constipação, esforço prolongado, hábitos intestinais irregulares, diarréia, gravidez, hereditariedade, ficar muito tempo de pé e envelhecimento.

A prevalência nos EUA é de 4,4%, com pico entre os 45-65 anos. Mais comum em países desenvolvidos e caucasianos.


As hemorróidas internas são classificadas em 4 graus:


I- Abaulamento do lúmen do canal anal

II- Prolapso durante a evacuação com redução espontânea

III- Prolapso espontâneo ou durante a evacuação, requerendo redução

manual

IV- Prolapso permanente e irredutível

Sintomas mais comum são sangramento vivo, que pinga no vaso

sanitário durante a evacuação, prolapso da mucosa, dor, presença de

muco, dificuldade de higiene perianal e sensação de evacuação

incompleta.



O tratamento é dividido em 3 categorias:


- Dieta e mudanças no estilo de vida: Diminuir o esforço evacuatório com aumento da ingesta hídrica e fibras, associado a exercício físico.


- Procedimentos não operatórios (em consultório): A ligadura elástica é um método de destruição e fixação do tecido. Uma das técnicas mais usadas para tratar as hemorróidas internas de primeiro, segundo e até terceiro grau. O anel de borracha é colocado sobre a mucosa redundante, causando estrangulamento do tecido ligado, que se desprende em 5-7 dias.



- Cirúrgico: A hemorroidetomia é indicada para os pacientes sintomáticos cujos tratamentos clínicos não foram eficazes em resolver as queixas ou quando há componente externo associado. É realizada excisão do componente interno e externo, com fechamento da mucosa ou não, dependendo da técnica utilizada.



A desarterialização hemorroidária seletiva com pexia alta visa o tratamento cirúrgico dos coxins patológicos, proporcionando uma recuperação pós operatória mais rápida e sem cortes. Sua indicação é limitada a doença hemorroidária sem componente externo, visto que todo o procedimento é executado internamente. É utilizado um dispositivo chamado de ENDOPEX, que facilita o acesso à cavidade anal, associado ao doppler de 20 MHz, permitindo a localização e ligadura dos coxins hemorroidários e pexia do mesmo.

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