São caracterizadas por um trajeto comunicando o canal anal ou o reto (orifício interno) ao períneo (orifício externo).
Em aproximadamente 80% dos casos, a etiologia da fístula é criptoglandular e decorrente da ruptura de um abscesso originário da infecção das glândulas anais.
Podem existir vários orifícios externos e/ou internos; uni ou bilaterais; posteriores, laterais ou anteriores; ou mesmo vários trajetos fistulosos relacionados a uma ou múltiplas criptas anais.
A classificação das fístulas perianais é feita de várias maneiras. É dita completa quando é possível reconhecer o orifício externo (cutâneo), o trajeto fistuloso e o orifício interno, geralmente na cripta anal comprometida.
De acordo com o seu trajeto fistuloso, com o número de orifícios, interno ou externo e com a musculatura esfincteriana envolvida, as fístulas são denominadas de simples ou complexas.
São também classificadas conforme a localização anatômica, em interesfincterianas, transesfincterianas, extra-esfincterianas e supra-esfincterianas.
Os pacientes referem, frequentemente, a ocorrência pregressa de um abscesso anorretal que, após drenado, espontânea ou cirurgicamente, passa a apresentar a eliminação de secreção purulenta perianal, relativamente indolor. A dor poderá estar presente nos casos de fístula com recidiva do abscesso.
Diagnóstico na maioria das vezes é estabelecido com a história e exame físico, porém, podem ser necessários exames complementares em alguns tipos de fístula.
O tratamento é essencialmente cirúrgico. As técnicas variam conforme a apresentação da fístula e podem ser necessárias várias sessões de limpeza do trajeto e utilização de dreno antes do tratamento definitivo.
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